segunda-feira, 28 de março de 2011

Sempre actual!!!



Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo.

E que posso evitar que ela vá a falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e

se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma .

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um 'não'.

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo...


(Fernando Pessoa)

segunda-feira, 7 de março de 2011

Vamos reflectir sobre...Bullying

A humanidade não pode libertar-se da violência senão por meio da não-violência.
(Mahatma Gandhi)
Vivemos num mundo onde a violência “gratuita”se vem apropriando de uma forma quase subtil de tudo e de todos. Não me refiro às situações de guerra de facto ou “latentes”, mas basta olhar em volta e observar com atenção como as pessoas se relacionam e é fácil detectar os seus indícios, designadamente a forma como se dialoga, o tom de voz, a agressividade que perpassa abruptamente por exemplo numa resposta.
Actualmente, falar de violência escolar é também falar de Bullying, pois é na escola que o Bullying mais se faz sentir uma vez que se encontram num mesmo espaço muitas crianças e que se torna difícil para os adultos vigiarem todos os comportamentos e intervirem atempadamente.
Citando Pedro Strecht (2004) "O fenómeno sempre aconteceu e, quando dele falamos, obviamente não incluímos o que por vezes existe de agressivo, competitivo, discriminador e que em pequenas doses faz parte das relações do dia-a-dia entre crianças e adolescentes. Falamos de situações muito fortes, graves repetidas, em que algumas crianças e adolescentes se vêem envolvidos, quer como vítimas, quer como vitimadores e que, sobretudo, acontecem no espaço da escola que ambos frequentam."
Creio também ser  importante, ter consciência de que os bullies são crianças que precisam de sentir que têm poder, e que aprenderam que o bullying lhes satisfaz essa necessidade. O que os distingue de uma criança que ocasionalmente provoca alguém é um padrão repetido de intimidação física ou psicológica. Torna-se pois essencial a intervenção precoce.
As crianças que sofrem bullying, dependendo de suas características individuais e das suas relações inter contextuais (escola, família, comunidade) e emocionais, poderão não superar, parcial ou totalmente, os traumas sofridos na infância. Assim, poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente com baixa auto - estima, tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamento, assumindo designadamente um comportamento agressivo. Mais tarde poderão vir a sofrer ou a praticar o BULLYING no trabalho (Workplace BULLYING) e em casos extremos, alguns deles poderão tentar ou a cometer suicídio. Alguns autores apontam como factores que contribuem para o desenvolvimento de comportamentos de bullying os seguintes:

-Insuficiente supervisão das crianças e dos adolescentes por parte da família e da escola;

-Comportamento agressivo em casa;

-Punição física muito severa. A pior punição possível para os bullies é o castigo físico;

-Pares abusivos. As crianças podem ser vítimas de bullying por parte dos seus "amigos" ou podem ser encorajadas a adoptarem comportamentos de bullying para se sentirem integradas num grupo.

-Feedback negativo constante.

-Expectativa de hostilidade;

Para contrariar este problema, é preciso que todos acreditem que a chave para prevenir a violência é a educação na igualdade e no respeito mútuo. No meu entender, uma forma para lidar com esta situação passa sempre pela interacção entre a escola, família e técnicos de forma a concertar estratégias e a promover um “saber conviver” salutar em que as relações interpessoais se desenvolvam num clima de aceitação do outro, no direito à diferença.

Para finalizar parece-me ainda pertinente fazer um pequena alerta diferença para o cyberbullying que contrariamente ao bullying presencial, ocorre através das tecnologias de informação e comunicação (TIC e em que o agressor (o bully) não precisa de ser maior ou mais forte que as suas vítimas. É preciso estarmos atentos …!

obs: Se pretender aprofundar o assunto este site é interessante http://www.bullyingadvice.info/